quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Estética


Estética (do grego αισθητική ou aisthésis: percepção, sensação) é um ramo da filosofia que tem por objecto o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenómenos estéticos, bem como as diferentes formas de arte e do trabalho artístico; a ideia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Por outro lado, a estética também pode ocupar-se da privação da beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo.



A estética adquiriu autonomia como ciência, destacando-se da metafísica, lógica e da ética, com a publicação da obra Aesthetica do educador e filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten, em dois volumes, 1750-1758. Baumgarten traz uma nova abordagem ao estudo da obra de arte, considerando que os artistas deliberadamente alteram a Natureza, adicionando elementos de sentimento a realidade percebida. Assim, o processo criativo está espelhado na própria actividade artística. Compreendendo então, de outra forma, o prévio entendimento grego clássico que entendia a arte principalmente como mimeis da realidade.
Na antiguidade - especialmente com Platão, Aristóteles e Plotino - a estética era estudada fundida com a lógica e a ética. O belo, o bom e o verdadeiro formavam uma unidade com a obra. A essência do belo seria alcançado identificando-o com o bom, tendo em conta os valores morais. Na Idade Média surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros ramos filosóficos.
No âmbito do Belo, dois aspectos fundamentais podem ser particularmente destacados:

  • A estética iniciou-se como teoria que se tornava ciência normativa às custas da lógica e da moral - os valores humanos fundamentais: o verdadeiro, o bom, o belo. Centrava em certo tipo de julgamento de valor que enunciaria as normas gerais do belo (ver cânone estético);

  • A estética assumiu características também de uma metafísica do belo, que se esforçava para desvendar a fonte original de todas as belezas sensíveis: reflexo do inteligível na matéria (Platão), manifestação sensível da ideia (Hegel), o belo natural e o belo arbitrário (humano), etc.

Mas este carácter metafísico e consequentemente dogmático da estética transformou-se posteriormente em uma filosofia da arte, onde se procura descobrir as regras da arte na própria acção criadora (Poética) e em sua recepção, sob o risco de impor construções a prior sobre o que é o belo. Neste caso, a filosofia da arte se tornou uma reflexão sobre os procedimentos técnicos elaborados pelo homem, e sobre as condições sociais que fazem um certo tipo de acção ser considerada artística.

Estéticas na história e na filosofia


Embora os pensadores ponderaram a beleza e a arte por milhares de anos, o assunto da estética não foi totalmente separado da disciplina filosófica até o século XVIII.

Grécia antiga


Os filósofos gregos começaram a pensar sobre a estética através de objectos bonitos e decorativos produzidos em sua cultura. Platão entendeu que estes objectos incorporavam uma proporção, harmonia, e união, tentando entender estes critérios. Semelhante mente, nas "metafísicas", Aristóteles achou que os elementos universais de beleza eram a ordem, a simetria, e a definição.

Denominação central para estética


  • Ciência do belo nas produções naturais e artísticas;

  • Filosofia do belo na arte;

Designação aplicada a partir do século XVIII, por Baumgarten, à ciência filosófica que compreendeu o estudo das obras de arte e o conhecimento dos aspectos da realidade sensorial classificáveis em termos de belo ou feio.



Assinado: Diana Lopes


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