sexta-feira, 29 de maio de 2009

Até que ponto se pode afirmar que a Decisão comporta Riscos?

Em que sentido se pode afirmar que a Decisão comporta Riscos?


Este tema, em que sentido se pode afirmar que a Decisão comporta Riscos, engloba dois grandes tópicos sendo eles a Liberdade e a Libertinagem. Estes dois tópicos não querem dizer o mesmo embora por vezes nos pareça, são bastante distintos um do outro, é certo que ambos falam de liberdade mas uma liberdade um pouco distinta. Para sabermos do que falam eles realmente vou então referi-los.


Liberdade
A condição de uma pessoa não ser sujeita ao domínio de outra, ter poder sobre si mesmo e poder sobre os seus actos, pode ser um conceito puro de liberdade. Isto seria muito pouco para definir liberdade, este conceito é muito mais amplo. Liberdade tem, ainda, outras vertentes, podendo estas ser de ordem filosófica, psicológica, política, económica, social, etc.
Do ponto de vista legal, uma pessoa é livre quando a sociedade não lhe impõe nenhum limite injusto, desnecessário ou absurdo.
Uma sociedade livre deve ser aquela que dá condições aos seus membros para que desfrutem sem outras condicionantes da mesma liberdade. O desejo de liberdade é um sentimento que existe no ser humano e que lhe confere direitos, como poder escolher a profissão, o casamento, as orientações políticas, sexuais e outras. A liberdade manifesta-se, também, na consciência da pessoa quando esta tem que tomar decisões importantes, nas quais a pessoa sente que pode estar a comprometer a sua vida. Existem pessoas que estão submetidas a situações extremas de privação de liberdade, vendo-se impedidas de preservar a sua integridade e dignidade. Seria convincente classificar a liberdade em três grandes complexos:
· A Liberdade como forma de vida do Estado e do indivíduo no Estado e na sociedade;
· A Liberdade como pressuposto de toda a acção;
· A Liberdade da acção humana.
A liberdade não pode consistir em fazer o que se quer, mas em
poder fazer o que se deve querer. Se um cidadão fosse livre para fazer o que as leis proíbem, já não teria liberdade, porque os outros teriam também esse poder.

Montesquieu
“…a liberdade consiste em fazer tudo o que não prejudique a outrem – assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites, senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo destes mesmos direitos. Tais limites não podem ser determinados senão pela lei.”

Constituição Francesa, 1791
“…a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do seu semelhante” (…)
“…o que o homem perde pelo contrato social é a sua liberdade natural, e o que adquire é a liberdade civil. Distingue-se a primeira que não reconhece limites outros além da força dos indivíduos, da segunda, que está protegida e limitada pela vontade geral.”


Rousseau
“…a liberdade não consiste apenas no direito, mas no poder de ser livre”.

Luiz Blanc
“…a liberdade consiste em se poder fazer ou deixar de fazer tudo o que, praticado ou deixado de ser praticado não desagregue a sociedade nem lhe impeça os movimentos.”

Stuart Mill
“Se uma sociedade livre não puder ajudar os muitos que são pobres, acabará não podendo salvar os poucos que são ricos.”

Liberdade em filosofia
Designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários.
Não se trata de um conceito abstracto. É necessário observar que filósofos como Sartre e Schopenhauer buscam, em seus escritos, atribuir esta qualidade ao ser humano livre. Não se trata de uma separação entre a liberdade e o homem, mas sim de uma sinergia entre ambos para a auto-afirmação do Ego e sua existência. E na equação entre Liberdade e Vontade, observa-se que o querer ser livre torna-se a força-motriz e, paradoxicamente, o instrumento para a liberação do homem.

Regras da Liberdade
· Obedecer a normas;
· Não passarmos por cima de tudo e todos só porque achamos que somos livres e o podemos fazer;
· Entre outros…


Llibertinagem

É o uso da liberdade sem o bom senso, acabando por transformá-la em um veículo para prejudicar a si próprio ou aos outros. Quando o uso da liberdade passa a ser libertinagem é assunto de discussão para mil anos, já que o limíte não é bem definido, e cada pessoa tem um conceito diferente sobre isso (para algumas pessoas, você poder decidir passar cada noite com uma pessoa diferente é uma característica da liberdade, para outras é libertinagem, e assim por diante).



A distinção entre Liberdade e Libertinagem

Liberdade: Acto de uma pessoa poder dispor de si, fazendo ou deixando de fazer por seu livre arbítrio (resolução dependente apenas da vontade) qualquer coisa; gozo dos direitos do homem livre; independência; autonomia; permissão;
Libertinagem: Devassidão;
vida de libertino; os libertinos (ímpios).

Um breve resumo
A liberdade é termos consciência dos actos, dos nossos erros, das nossas virtudes. É pensarmos em nós e no próximo, em quem nos rodeia. Como por exemplo: casarmos ou não, isso é sermos verdadeiramente livres.
A libertinagem é fazermos tudo o que queremos, não estamos sujeitos a obrigações, mas tudo isso está errado, porque as pessoas que são assim não têm responsabilidades, logo é aí que entra o grande titulo deste trabalho, quer isto dizer que a Decisão pode comportar Riscos, porque uma decisão errada pode ter riscos para toda a vida.

Até que ponto uma Decisão pode comportar Riscos e porquê?
Sim, uma decisção pode comportar riscos, como já referi no texto acima tomarmos uma decisão errada pode ter riscos para toda a vida. Se tumarmos uma decisão de cabeça quente seja ela muito importante ou não, normalmente não corre bem, ora o que se tem de fazer? Pensarmos bem do que se trata, se vale a pena tumarmos essa decisão ou não, ou seja, devemos pensar sempre se e que problemas essa decisão nos poderá trazer no futuro.

Exemplos:
· Casar ou não?
· Que curso vou tirar?
· Devo ou não montar o meu negocio, a minha epresa? (será que da lucro, sera que não…)
· Não sei se devo ter filhos, sera que tenho tempo para eles, secalhar não tenho, há mas secalhar depois até vou ter…

Estes são alguns exemplos existem muitos mais e talvez até com riscos mais elevados devido a decisão que foi tumada. Mas falando destes exemplos, aqui estão decisões muito importantes na nossa vida, ora se tumarmos a decisão errada falando destes exemplos iremos concerteza ter riscos para durante a nossa a vida.


Em suma fazendo uma breve análize deste trabalho, posso dizer que a Liberdade é sem duvida muito diferente da Libertinagem, e que de facto a Decisão comporta Riscos na nossa vida.
Este trabalho foi feito no ambito da disciplina de Área de Integração, do módulo 4.
Ass: Carina

quinta-feira, 28 de maio de 2009

liberdade

Escola Secundária de Arouca
Curso Profissional de Animador Sociocultural
Professora: Diana Tavares
Disciplina: Área de Integração
Trabalho realizado por Mariana Silva nº6 11ºH


Como se coloca Sartre face á questão do determinismo \
Liberdade?

O ponto de partida para o existencialismo é” se deus não existisse tudo seria permitido”.
Com efeito tudo é permitido se deus não existe e por consequência o homem está desamparado porque não encontra uma possibilidade a que se agarrar.
No homem, a existência precede a existência. Isto quer dizer que o homem não é uma coisa, mas sim uma realidade livre. A existência humana difere radicalmente da dos objectos fabricados. Vejamos um exemplo: uma caneta existe, mas antes de existir foi pensada, imaginada e desenhada por alguém.
O homem pelo contrário, existe antes de ser isto ou aquilo. Ou seja, antes de se definir, de formar a sua existência.Nao há nenhuma ideia que possa se fazer de um homem antes de ele existir ou agir.
Sartre liga a negação de uma essência previa do homem (não há natureza humana, não há destino previamente traçado) á negação de deus (não há deus para definir o homem ).A liberdade humana exige a negação da existência de deus. Ver a existência como liberdade é correlativo de uma tese ateísta. Sartre nega que deus é o criador a assimilado um artesão superior.
O ateísmo desempenha papel importante como pedra angular do humanismo existencialista de Sartre. "Se não existe, não encontramos diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o comportamento. Se, entretanto não há uma moral ou valores apriorísticos porque "não há consciência divina infinita e perfeita para pensá-los, e estamos sós, sem justificativas para os nosso actos, porque, sinais" (15) que o balizem existencialmente e orientem. Estamos condenados a ser livres. Daí concluir Sartre que "o homem está condenado a cada instante a inventar o próprio homem". (16)
homem se sente esmagar sob o da responsabilidade de uma escolha feita sob condições de luto desamparo e abandono, o que o leva ao desespero.
"Se suprimi o Deus Pai, é bem necessário que alguém invente os valores", diz Sartre. E inventar os valores significa para ele dar à vida, que não tem sentido "a prioridade clássico, que torna o homem como fim e valor superior pelo seu humanismo existencialista, em cada um se escolhe livremente sem se referir a valores. Esta escolha, porém, não é gratuita, pois a escolha moral para ele se assemelhe à constatação de uma obra de arte, a qual não se inspira em regras estabelecidas "á prioridade".
O projecto humano traz portanto a marca essencial da liberdade, pois o homem se faz escolhendo a sua moral. Esta escolha define um tipo de projecto que é válido para todos os homens e épocas, eu devo agir segundo o axioma da moral kantiana, que eleva os meus actos à condição de paradigma de acção para toda a humanidade.
A liberdade moral da escolha rejeita qualquer ideia de determinismo, pois não existe uma natureza interior ao homem nem valores fora dele para preestabelecer rumos necessários à acção. Assim, ninguém nasce covarde ou herói, diz Sartre, mas cada um se faz conforme sua livre opção, tornando-se responsável pelo que é. Esta liberdade e responsabilidade moral de opção caracteriza o que Sartre chama de "dureza optimista", a qual repugna aos que se refugiam na "má fé" de um pseudo-determinismo, dissimulando a autenticidade do livre compromisso.

Temos de partir do código subjectividade, diz Sartre, por ser ele o único meio de atingirmos a verdade e salvar o homem como sujeito, evitando torná-lo objectivo.
Pelo "cogito", atingimo-nos a nós próprios e aos outros que se nos apresentam como condição de nossa existência, "como uma liberdade posta em face de mim. Descobrimos o mundo da intersubjectividade.
Não temos com os "outros" uma comunidade de natureza humana, uma essencial universal, mas temos uma "universalidade de condição", que se define pelos limites "a prioridade caracterizam a nossa situação fundamental no universo: e todo projecto humano, sem prejuízo de sua individualidade, tem um valor universal porque persegue objectivos relacionados com a superação ou eliminação desses limites.
Daí por que, escolhendo-me, eu construo o universal e realizo o absoluto, através de um projecto universalmente válido porque inteligível a todos os homens.

domingo, 24 de maio de 2009

"Como é que Espinosa defende que a lierdade é uma ilusão?"



Escola Secundária de Arouca

Curso Profissional de Animador Sociocultural

Disciplina: Área de Integração
Ano: 11º

Turma: H

Módulo: 5
Tema: Os fins e os meios: que Ética para a vida humana

“ Como é que Espinosa defende que a liberdade é uma ilusão? ”






Bento de Espinosa

Biografia:
Nascimento - 24 de Novembro de 1632 em Amesterdão;
Falecimento - 21 de Fevereiro de 1677 no Haia, com quarenta e quatro anos;
Nacionalidade - Neerlandês;
Ocupação - Artesão, teólogo, filósofo;
Escola/tradição - Spinozismo (fundador),Racionalismo, Eudemonismo, Cartesianismo;
Principais interesses - Ética, Metafísica, Teoria do Conhecimento, Teologia, Lógica.

Bento de Espinosa foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Também se dedicou ao estudo de Sócrates, Platão, Aristóteles, Demócrito, Epicuro, Lucrécio e também de Giordano Bruno. Ganhou a fama pelas suas posições do panteísmo (Deus, natureza naturante) e do monismo neutro, e ainda devido ao facto da sua ética ter sido escrita sob a forma de postulado e definições, como se fosse um tratado de geometria.


Livros


Publicados em vida :
- Melhoramento do Intelectual;
- Princípios da Filosofia Cartesiana;
- Tratado sobre a Religião e o Estado;
- Um breve Tratado sobre Deus e o Homem;

Publicados “post mortem“ :
- Ética demonstrada à maneira dos geómetras;
- Tratados Políticos ;
- Tratado do Arco-íris;

Conteúdo filosófico:
Espinosa defendeu que Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma realidade, a saber, a única substância em que consiste o universo e do qual todas as entidades menores constituem modalidades ou modificações.

Ele afirmou que Deus era um ser de infinitos atributos, entre os quais a extensão e o pensamento eram apenas conhecidos por nós. Espinosa propunha uma espécie de determinismo, segundo o qual absolutamente tudo o que acontece ocorre através da operação da necessidade. Para ele, até mesmo o comportamento humano seria totalmente determinado.


Para Espinosa a liberdade é?
A capacidade de saber como somos e compreender por que agimos como agimos.
Deste modo, a liberdade para Espinosa não é a possibilidade de dizer "não" àquilo que nos acontece, mas sim a possibilidade de dizer "sim" e compreender completamente por que as coisas acontecem de determinada maneira.

Por exemplo:
Uma pedra, recebe de uma pessoa que a atira um impulso que é provocado pela pessoa, e mesmo depois de acabar o impulso provocado, a pedra continuará a mover-se. Então, Espinosa diz que a pedra, enquanto se move, sabe e pensa que faz todo o esforço possível para continuar a mover-se, assim a pedra pensa que é livre e faz todo o esforço possível para se movimentar.

Assim é a liberdade humana, os homens gabam-se de possuir toda a liberdade, mas isso acontece unicamente pelo facto de os homens terem consciência dos seus desejos e ignorarem as causas que os determinam.



Panteísmo deriva das palavras gregas pan ("tudo") e teísmo ("crença em deus"). Em diversas culturas panteístas, é a ideia de um Deus que vive em tudo complementa e coexiste pacificamente com o conceito de múltiplos deuses associados com os diversos elementos da natureza.

Um postulado é uma sentença ou proposição não demonstrada cuja verdade, ainda que não tenha evidência, servindo como ponto de partida para a dedução ou inferência de outras proposições. Um exemplo clássico de conjunto de postulados tomados como base para uma teoria é constituído pelos postulados de Euclides, que fundamentam a geometria euclidiana.

Webgrafia:


Sait:
www.google.com

Livro:
De filosofia 10º ano


Formadora: Diana Tavares
Formanda: Mónica Silva


quinta-feira, 21 de maio de 2009

A acção humana é liberdade condicionada

A acção humana é liberdade condicionada

Que limites encontra o homem a sua acção?

O condicionamento da liberdade pela vida é, pois, triplo: condicionamento psicobiológico, “naturalização” da liberdade, pois esta não é a despedida da natureza, mas surge precisamente da natureza; condicionamento pela situação; agora já não esta nas minhas mãos dar a vida uma orientação perfeitamente possível a vinte anos. A situação concreta rouba-nos uma porção de possibilidades e impõe-nos um conjunto de deveres evidentes. Cada homem poderia ter sido muito diferente do que é, mas passou já a oportunidade para que tal acontecesse. E finalmente, em terceiro lugar, condicionamento pelo habitus. Os hábitos que contraímos restringem a nossa liberdade, impelem-nos para estes ou aqueles actos.
A natureza, o hábito e a situação reduzem de modo triplo a nossa liberdade actual, não podendo chegar a anulá-la. A liberdade está inscrita na natureza, mas em maior ou menor medida – nem todos os homens dispõem de igual força de vontade – transcende-a sempre. E é justamente neste ser “transnatural” que consiste ser homem.
As nossas decisões são sempre condicionadas. A existência destas condicionantes pode ser constata quando observamos a semelhança de certos comportamentos entre os seres humanos e algumas espécies de animais, ou quando comparamos os indivíduos de diferentes épocas, culturas, condições sociais, etc. As semelhanças e diferenças de comportamento que observamos são em grande medida explicáveis pelos factores que condicionam a acção dos indivíduos do mesmo grupo ou espécie.
Inúmeros factores de natureza biológica, histórica, social, cultural e outros que influenciam de forma mais ou menos evidente o nosso comportamento e as nossas decisões.


Condicionantes Orgânicas
O corpo situa o homem na natureza como um ser fisico-biológico, sofrendo em virtude deste facto todo o tipo de influências físicas.
Toda a acção humana é, em geral, condicionada pelos mecanismos fisiológicos do nosso sistema nervoso, glandular, etc. O nosso organismo fornece-nos a energia psicossomática necessária para agirmos, mas também determina a forma como agimos e reagimos aos estímulos do mundo exterior. Estes determinismos biológicos embora não controlem totalmente o comportamento humano, não deixam de impor certas predisposições para a acção, nomeadamente quando se trata de acções decorrentes de motivações básicas: sobrevivência, auto-conservação, procura do prazer ou a fuga à dor.

Condicionantes Culturais
Quando comparamos os seres humanos com os outros seres, aquilo que desde logo se destaca é a sua enorme capacidade de adaptação às mais diversas situações, seja modificando o comportamento, seja alterando o próprio meio. Nesta adaptação a enorme capacidade de aprendizagem humana desempenha em todo o processo uma função essencial.
É característico da natureza humana a sua capacidade de integração às mais variadas sociedades e grupos sociais, onde adopta desde nascença as suas normas, valores e comportamentos específicos. É por esta forma que os seres humanos se diferenciam entre si, condicionados pelos padrões culturais que encontram quando nascem.

Determinismos e Liberdade
Baseados na existência de uma enorme multiplicidade de factores condicionantes da acção humana, alguns filósofos negaram a existência da liberdade humana. As As nossas acções são sempre determinadas por causas que nos transcendem e sobre as quais não temos qualquer poder. A liberdade é pois uma ilusão. Não sou eu que escolho, mas um conjunto de circunstâncias que escolhem por mim.
Apesar de reconhecermos todas estas influências, temos igualmente que admitir que o homem possui sempre alguma margem de liberdade nas suas acções. Não podemos pois falar de actos mecânicos de resposta a estímulos, mas de acções livres. As suas decisões implicam quase sempre escolhas entre uma multiplicidade de opções possíveis.
As nossas decisões são pois indissociáveis da nossa liberdade, assim como da responsabilidade moral ou jurídica das suas consequências.
Professora: Diana Tavares
Aluna: Andreia Almeida

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Embora doa

é a duvida que resta,
que me leva a perguntar...
qual papel será o meu?
o de quem nada faz?

embora doa, nada fiz para mudar.
embora doa, nada vai mudar.

e revemos nas imagens que não passa de um esboço...
escolhem os senhores da guerra os motivos a seu
gosto...

embora doa, nada fiz para mudar.
embora doa, nada vai mudar.

porque nada surpreende.
já vivemos com o medo.
quem nos chama á razão?
ao som de armas adormeço...

embora doa, não me faz perder o sono.
embora doa...

escorre sangue pelo ombro em directo na tv
explode a carne em mãos de quem nada fez

embora doa, não me sujo desse sangue
embora doa, há sempre outro canal
embora doa...
embora doa, não me sujo desse sangue
embora doa, há sempre outro canal.

é a duvida que resta que me leva a perguntar...


Asssinado:
Sara
Andreia
Mariana

domingo, 17 de maio de 2009

LIBERDADE

LIBERDADE - O homem é livre de escolher as suas acções. Liberdade implica não apenas sabermos distinguir o bem do mal, o justo do injusto, mas sobretudo de agir em função de valores que nós próprios escolhemos. Deste modo, só se pode falar do Homem como ser moral pela referência à liberdade.
" (...) quando te falo de liberdade é a isto que me refiro. ao que nos diferencia dar térmitas e das marés, de tudo o que se move de modo necessário e irremediável. é verdade que não podemos fazer tudo o que quisermos, mas também é certo que não estamos obrigados a querer fazer uma coisa só. E aqui convém introduzir dois esclarecimentos a propósito da liberdade:
Primeiro: não somos livres de escolher o que nos acontece (ter nascido certo dia, de certos pais, em tal pais, sofrer de um cancro ou ser atropelados por um carro, ser bonitos ou feios, que os Aqueus queiram conquistar a nossa cidade, etc.), mas somos livres de responder desta maneira ou daquela ao que nos acontece (obedecer ou revoltar-nos, ser prudentes ou temerários, vingativos ou resignados, vestir-nos de acordo com a moda ou disfarçar-nos de urso das cavernas, defender Tróia ou fugir, etc.).
Segundo: sermos livres de tentar alguma coisa nada tem a ver com a sua obtenção indefectível A liberdade ( que consiste em escolher dentro do possível) não é a mesma coisa que a omnipotência ( que seria alguém conseguir sempre aquilo que quer, ainda que tal pareça impossível). Por isso, quanto maior capacidade de acção tenhamos, melhores resultados poderemos obter da nossa liberdade. Sou livre de querer subir ao monte Evereste, mas, dado o meu lamentável estado físico e a minha preparação nula em alpinismo, é praticamente impossível que consiga o meu objectivo. Em contrapartida, sou livre de ler ou não ler, mas como aprendi a ler desde muito pequeno não se trata de coisa demasiado difícil para mim, caso decida fazê-la. Há coisas que dependem da minha vontade (e isso é ser livre), mas nem tudo depende da minha vontade ( caso contrário, seria omnipotente), porque o mundo há muitas outras vontades e muitas outras necessidades, que eu não controlo a meu talente. Se não me conhecer nem a mim próprio nem ao mundo em que vivo, a minha liberdade esbarrará uma e outra vez na necessidade. Mas aspecto importante, nem por isso deixarei de ser livre... ainda que caia."
F. Savater; Ética para um jovem, Editorial Presença, Lisboa, 8ª ed., 2001, pp. 26-27
RESPONSABILIDADE - O ser Humano é responsável pelas suas decisões e pelas consequências das mesmas. A responsabilidade implica, em sentido global, sermos responsáveis por nós próprio, mas também pelas outras pessoas.
Trabalho realizado por: Marisa

Olá meninas :)

Espero que o vosso fim-de-semana esteja a ser bom.
As nossa actividades desta semana correram mesmo bem. Como diz a nina estávamos com um pouco de medo do paddy papper com as crianças mas correu mesmo bem, elas portaram-se muito bem.
E na feira das profissões também estivemos muito bem, as pessoas gostaram muita das pinturas faciais e da modelagem de balões. Foi pena o senhor que nos vinha dar formação em animação de rua não ter aparecido porque seria mas uma grande oportunidade para aprender outras coisas. Mas não faz mal, mesmo assim a feira correu muito bem, pois somos as maiores.
Bjs para todas ADORO-VOS
Ass: Mónica

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Fernando Pessoa

LIBERDADE
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
Analise do poema “Liberdade”

"Datado de 16/3/1935, o poema "Liberdade" é um dos poemas mais conhecidos e citados de Fernando Pessoa. É um poema ortónimo, ou seja, escrito por Fernando Pessoa em seu próprio nome e aborda um tema raras vezes abordado pelo poeta de modo tão explicito: a liberdade humana.
À primeira vista trata-se de uma abordagem leve e divertida ao tema. Essa é claramente a sensação que se tem ao ler o poema. "Ai que prazer / Não cumprir um dever" - uma leveza simples e recta, que fala de como é bom não ter deveres, ou tê-los e não os cumprir, numa rebeldia com que sonham todas as crianças.
Mas em Pessoa nada é simples, muito menos recto...
Há uma chave para desvendar este poema "Liberdade". Um poema eu considero ser de uma intensa ironia. Mas essa chave curiosamente não está no poema, mas apenas referenciada nele de modo indirecto. É uma pista que Pessoa lança ao leitor, mas apenas ao leitor mais interessado - um leitor de segundo nível, que ignora o tom superficial leve das palavras e se interessa pelo conteúdo escondido das intenções.
Que pista é esta? Está numa citação que Pessoa nunca colocou, mas que devia vir logo a seguir ao título. No manuscrito original Pessoa escreve debaixo do titulo do poema: "(Falta uma citação de Séneca)".
Que citação é esta? E quem era Séneca?
Séneca foi um filósofo do Séc. I, um estóico preocupado com a ética. Não nos alongaremos com a análise da vida deste filósofica, mas citaremos dois principios dele que nos interessam para a compreensão do poema "Liberdade". Dizia Séneca que o cumprimento do dever era um serviço à humanidade. Para ele o destino estava predestinado, o homem pode apenas aceitá-lo ou rejeitá-lo, mas apenas a aceitação lhe pode trazer a liberdade. Eis o estoicismo na sua essência.
Eis o filtro que se deverá usar na leitura do poema "Liberdade": o estoicismo de Séneca.
Tudo o que antes parecia ligeiro, agora é intensamente irónico. Fernando Pessoa pensa o contrário do que diz o seu poema. Se ele diz que bom é não cumprir um dever, ele pensa o contrário, que o dever é essencial para a liberdade, se o homem quiser ser livre, terá de se submeter ao cumprimento do dever que lhe é imposto.
Outra achega: a semelhança entre a ironia utilizada e a escrita que se assemelha à de Caeiro. É Caeiro o heterónimo que renega igualmente o dever e o heterónimo que domina Pessoa no inicio das suas decisões, que o prende à realidade e lhe permite ascender aos astros. Será Pessoa aqui também um critico de si próprio e um critíco de Caeiro? Não poderemos dizer ao certo, mas parece-nos que sim, que as palavras de Pessoa são irónicas e dirigidas a Caeiro, ao seu próprio sonho de juventude, em que pensou ser possível ser livre das ideias.
Afinal este poema é um ensaio de revolta contra o que Caeiro disse, contra os próprios projectos falhados de Pessoa. Ele que queria atingir a liberdade libertando-se de tudo, da civilização, dos deveres, dos livros, ser apenas criança... O titulo - Liberdade - é apenas uma ironia triste e amarga e um contra-senso propositado. Arde em Fernando Pessoa a derrota da sua aventura, perto que está da morte quando escreve este poema. Este poema é de certo modo o epitáfio intelectual de Caeiro - o Mestre, por parte de Fernando Pessoa - o Criador.
Ps: há quem adivinhe neste poema de Pessoa também uma crítica social implicita, sobretudo nos versos: "Flores, música, o luar, e o sol que peca / Só quando, em vez de criar, seca." e na referência às finanças, que encobriria um ataque a Salazar, que foi, como se sabe, Ministro das Finanças entre 1928 e 1932".

olá meninas


Olá meninas...


Podemos dizer que somos as maiores!!! lool

A actividade correu mesmo bem, pensei que iria ser muitos mais difícil controlar aquelas "pestinhas", mas eles eram uns amores. Numa actividade tivemos oportunidade de demonstrar do que éramos capazes... por vezes dizem que não somos capazes, mas hoje mostramos que somos capazes de fazer actividades com imaginação e engraçadas.

Ah não se esqueçam e amanhã temos mais uma aventura, aprender a cuspir fogo e não só... bem tem sido actividades atrás de actividades, mas nós conseguimos controlar tudo, se formos bem organizadas e unidas....



A sala 1 sem mesas é que é espectacular... só mesmo nós é que somos capazes de estudar assim!!! lool



Hoje parei para pensar e reflecti que falta-nos menos de 4 semanas para acabar as aulas, vamos ter que abandonar alguns professores que foram impecáveis connosco, uns vão para outras escolas e outras porque acabam as disciplinas... acho que vai ser só lágrimas na ultima semana... contudo isto também vai começa os estágios... lá vamos nós ficar separadas por algumas semanas, e de seguida vem as férias grandes!!! Vão voltar novamente as saudades, mas em Setembro cá estaremos nós para enfrentar novas actividades, projectos, entre outras!!!


Beijinho grande