quinta-feira, 28 de maio de 2009

liberdade

Escola Secundária de Arouca
Curso Profissional de Animador Sociocultural
Professora: Diana Tavares
Disciplina: Área de Integração
Trabalho realizado por Mariana Silva nº6 11ºH


Como se coloca Sartre face á questão do determinismo \
Liberdade?

O ponto de partida para o existencialismo é” se deus não existisse tudo seria permitido”.
Com efeito tudo é permitido se deus não existe e por consequência o homem está desamparado porque não encontra uma possibilidade a que se agarrar.
No homem, a existência precede a existência. Isto quer dizer que o homem não é uma coisa, mas sim uma realidade livre. A existência humana difere radicalmente da dos objectos fabricados. Vejamos um exemplo: uma caneta existe, mas antes de existir foi pensada, imaginada e desenhada por alguém.
O homem pelo contrário, existe antes de ser isto ou aquilo. Ou seja, antes de se definir, de formar a sua existência.Nao há nenhuma ideia que possa se fazer de um homem antes de ele existir ou agir.
Sartre liga a negação de uma essência previa do homem (não há natureza humana, não há destino previamente traçado) á negação de deus (não há deus para definir o homem ).A liberdade humana exige a negação da existência de deus. Ver a existência como liberdade é correlativo de uma tese ateísta. Sartre nega que deus é o criador a assimilado um artesão superior.
O ateísmo desempenha papel importante como pedra angular do humanismo existencialista de Sartre. "Se não existe, não encontramos diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o comportamento. Se, entretanto não há uma moral ou valores apriorísticos porque "não há consciência divina infinita e perfeita para pensá-los, e estamos sós, sem justificativas para os nosso actos, porque, sinais" (15) que o balizem existencialmente e orientem. Estamos condenados a ser livres. Daí concluir Sartre que "o homem está condenado a cada instante a inventar o próprio homem". (16)
homem se sente esmagar sob o da responsabilidade de uma escolha feita sob condições de luto desamparo e abandono, o que o leva ao desespero.
"Se suprimi o Deus Pai, é bem necessário que alguém invente os valores", diz Sartre. E inventar os valores significa para ele dar à vida, que não tem sentido "a prioridade clássico, que torna o homem como fim e valor superior pelo seu humanismo existencialista, em cada um se escolhe livremente sem se referir a valores. Esta escolha, porém, não é gratuita, pois a escolha moral para ele se assemelhe à constatação de uma obra de arte, a qual não se inspira em regras estabelecidas "á prioridade".
O projecto humano traz portanto a marca essencial da liberdade, pois o homem se faz escolhendo a sua moral. Esta escolha define um tipo de projecto que é válido para todos os homens e épocas, eu devo agir segundo o axioma da moral kantiana, que eleva os meus actos à condição de paradigma de acção para toda a humanidade.
A liberdade moral da escolha rejeita qualquer ideia de determinismo, pois não existe uma natureza interior ao homem nem valores fora dele para preestabelecer rumos necessários à acção. Assim, ninguém nasce covarde ou herói, diz Sartre, mas cada um se faz conforme sua livre opção, tornando-se responsável pelo que é. Esta liberdade e responsabilidade moral de opção caracteriza o que Sartre chama de "dureza optimista", a qual repugna aos que se refugiam na "má fé" de um pseudo-determinismo, dissimulando a autenticidade do livre compromisso.

Temos de partir do código subjectividade, diz Sartre, por ser ele o único meio de atingirmos a verdade e salvar o homem como sujeito, evitando torná-lo objectivo.
Pelo "cogito", atingimo-nos a nós próprios e aos outros que se nos apresentam como condição de nossa existência, "como uma liberdade posta em face de mim. Descobrimos o mundo da intersubjectividade.
Não temos com os "outros" uma comunidade de natureza humana, uma essencial universal, mas temos uma "universalidade de condição", que se define pelos limites "a prioridade caracterizam a nossa situação fundamental no universo: e todo projecto humano, sem prejuízo de sua individualidade, tem um valor universal porque persegue objectivos relacionados com a superação ou eliminação desses limites.
Daí por que, escolhendo-me, eu construo o universal e realizo o absoluto, através de um projecto universalmente válido porque inteligível a todos os homens.

Sem comentários: