sábado, 7 de março de 2009

Perdi tudo quando te encontrei. Desfolhei todos os malmequeres do mundo. Desejo-te? Não te desejo?

(DE: Escrito em guardanapos de papel)

Uma lenda chinesa conta a história de dois amantes que jamais conseguiram juntar-se. Chamam-se eles a Noite e o Dia. Nas horas mágicas do entardecer e do amanhecer, os amantes tocam um no outro e estão prestes a unir-se, coisa que nunca acontece. Dizem que, se prestarmos atenção, poderemos ouvir os seus lamentos e ver o céu tingir-se de vermelho pela raiva que ambos sentem. A lenda afirma que os deuses acharam por bem conceder-lhes alguns momentos de felicidade e por isso criaram os eclipses, durante os quais os dois amantes conseguem juntar-se e fazer amor.

Tu e eu esperamos pelo nosso eclipse.

Agora que percebemos que nunca mais voltaremos a encontrar-nos, que estamos condenados a viver separados, que somos a Noite e o Dia.

(DE: Escrito em guardanapos de papel)

Às vezes penso que o cérebro tem inveja do coração. Maltrata-o, ridiculariza-o e nega-lhe o que ele deseja tratando-o como um pé ou o fígado. E nesse confronto, nessa batalha, quem perde sempre é o dono de ambos.

(DE: Escrito em guardanapos de papel)

Profrssora: Diana Tavares

Publicado por: Andreia Almeida

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