Este movimento não é a exigência do objecto nem do sujeito. Não só não é compreensível no âmbito de um pensamento dualista como significa pelo menos a crítica em acto da sua validade universal, uma vez que só a maior profundidade possível do sujeito ( que é outra coisa do seu entendimento) permite acolher e prolongar a maior profundidade possível do objecto ( que é outra coisa que a sua objectividade) . (…)
A experiencia estética supre a forma como foi encarado o conhecimento, a partir do século XVII (dicotomia: sujeito – objecto). Na experiencia estética há um conhecimento que resulta da entrega profunda a cada objecto estético. Daí resulta um ser humano diferente – mais rico.
Ora, o que, na obra de arte, vem a superfície – deveríamos dizer: á visibilidade – é a profundidade: a obra de arte exprime profundidade.
A contemplação artística é um olhar mais profundo, que existe disponibilidade receptiva, tempo e paciência.
Andreia Almeida
Nº 1
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